No dia 4 de fevereiro de 2010 tivemos a realização do Caju 263 no Estádio Alfredo Jaconi. Para tanto o mesmo foi designado de “Caju da Paz” por todas as tratativas entre torcidas organizadas, direções e Brigada Militar. Na última reunião realizada entre Brigada e torcidas ficou acertado que as torcidas poderiam entrar no estádio com 10 caixas de piscas, artefato que originalmente gera uma pequena quantidade de fumaça.
Ao chegarmos na entrada da bilheteria de visitantes do já referido estádio ao mostrarmos os artefatos, inclusive acendendo um para demonstração, ocorreu o que para nós nos surpreendeu. A Brigada Militar não permitiu a entrada destes, descumprindo de forma unilateral e arbitrária um acordo firmado no dia anterior com a desculpa de que os mesmos geravam fumaça. Estranhamente durante o jogo a torcida adversária utilizou dos mesmos artefatos que fomos impedidos de utilizar.
A Forza Granata vêm a mais de 1 ano se notabilizando por ser uma torcida diferente. Desde o nosso primeiro jogo oficialmente contra o Inter de Santa Maria pelo gauchão do ano passado não tivemos nenhuma situação de violência entre nossos participantes. No Caju, mesmo com toda a indignação gerada pela falta de palavra da Brigada nos portamos de uma forma irrepreensível, que por sinal é nossa obrigação como cidadãos e nenhum mérito.
Não entendemos a repressão que sofremos, seja nos jogos em casa, seja nos jogos fora de casa. No último jogo contra o Novo Hamburgo no estádio Centenário também sofremos com a impossibilidade de acessarmos ao estádio com materiais tradicionalmente liberados pela Brigada, mesmo com todas as exigências sendo cumpridas rigorosamente por nossa torcida. A nós no jogo de domingo foi dada a colocação que seríamos impedidos da utilização por problemas causados pela torcida do Grêmio em Santa Cruz. Agora, cabem as perguntas: Por que não “dar a César o que é de César”? Somos tratados como marginais mesmo tendo conduta de cidadãos?
Não queremos um tratamento especial, queremos apenas justiça de tratamento. Se nos envolvermos em seja qual fôr o ato de violência ou vandalismo, e acreditamos que nunca estaremos envolvidos, somos os primeiros a exigir a responsabilização dos envolvidos, mas a condenação por preconceito não podemos aceitar.
Este ofício vêm apenas solicitar a diferenciação de tratamento, aos envolvidos em atos de vandalismo e violência exigimos a punição, mas não podemos condenar a todos por atos de alguns. Queremos acreditar na Brigada como a instituição imparcial que ela deve ser.
Assim solicitando igualdade de tratamento e melhoria na nossa comunicação encaminhamos esse para a imprensa e comunidade em geral.
Forza Granata